sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cap. 24

 Oie! Faz tempo que não posto! Mas aí está um novo capitulo:



                  Meta Heroes
 Temporada 2: Caos
 Capitulo 24: A magia de Uranu!


 Zero e Rina olharam o precipício.

 -É looooongo...- disse Rina.
 -Hum...- murmurou Zero, olhando mais além- Tive uma idéia...
 -Você não pular daí!- negou Rina.

 Zero revirou os olhos.

 -Eu não ia pular...
 -Então o que você ia fazer?- perguntou Rina, desafiadora.
 -Ahm... Ok, eu ia pular...- confirmou Zero.
 -Então vamos voltar antes que você se suicide.
 -Ok...

 Os dois viraram e seguiram por um túnel. Depois de alguns minutos em silencio, Zero perguntou:

 -Como nós vamos voltar pra Legends Town se nem sabemos onde estamos?
 -...Vamos pegar um taxi...- brincou Rina.

 Zero sorriu.

 -Vamos lá, vamos lá...
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 Os dois chegaram num lugar muito estranho. Tinha várias pedras de pelo menos cinco metros, que encostavam no teto, e um riacho passava pelo meio.

 -É sem saída!- disse Rina.
 -Mas por lá só tinha um precipício!- retrucou Zero.
 -Então estamos presos!- disse Rina, desesperada.

 De repente, um grande monstro humanóide, com um cristal na testa e listra roxas por todo o corpo emergiu do riacho, como se fosse parte da água.

 -Não se puderem me derrotar...

 Zero e Rina se entreolharam.

 -Clichê.
 -Preferem ficar trancados aqui?- perguntou o monstro.
 -Bom, se é assim...- disse Rina.
 -Vamos te derrotar!- continuou Zero.
 -Então enfrentem o poder de Uranu!

 Ele espalmou as mãos, criando uma onda gigante do riacho. Rina estendeu a mão e lançou um raio nela, destruindo-a. Zero pulou com sua espada e tentou acertar o inimigo, mas foi lançado no chão por uma força invisível.
 Rina disparou um flash de luz, cegando o monstro. Zero lançou uma lufada de ar no chão, levantando-se.

 -Haya!

 Ele avançou contra Uranu, que estendeu a mão e lançou para longe.

 -Zero! Você ‘Tá bem?!- perguntou Rina.
 -Sim!- respondeu Zero- Mas como ele conseguiu me ver e me lançar pra longe?!
 -Permita-me responder... Eu sou a encarnação da magia, um dos três criadores do poder...

 Rina piscou.

 -Os três criadores do poder?- repetiu.
 -Sim. Eu sou o criador da magia. Meu irmãos são os criadores da força e da sabedoria- explicou Uranu- Uros e Konar...
 -Então por que estamos aqui?- perguntou Zero.
 -O teste dos mil anos... Eu e meus irmãos testamos os maiores guerreiros da época...
 -Então somos os maiores guerreiros da época?!

 Uranu sorriu.

 -Vocês e seus amigos. Mas agora já revelei demais! Preparem-se!- exclamou, liberando uma rajada de energia.

 Zero e Rina pularam para trás, desviando por pouco. Rina girou o braço, pegando seu arco e criando uma flecha de luz.
 Zero invocou um tornado, que derrubou várias pedras do teto.
Uranu destruiu-as e desviou das flechas de Rina.

 -Rina, cuidado!- exclamou Zero.

 Rina desviou de uma pedra e disparou um raio. Zero começou a acumular bastante ar.

 -O que você está fazendo?!- perguntou Rina.
 -Uma loucura!- respondeu Zero.
 -Bom saber!

 Uranu atirou Rina para o lado com magia, e começou a acumular energia.

 -Hahaha! Prepare-se para o meu golpe mortal!
 -Manda com tudo!- exclamou Zero.

 Ele lançou as mãos para dentro, e um dragão de ar foi em direção a Uranu.

 -Isso não é nada!- exclamou Uranu.

 Ele liberou toda a energia, criando uma grande explosão. Rina se ajoelhou e criou um campo de força em volta do inimigo, trancando-o com seu golpe.

 -NÃO!- gritou ele.

 O dragão de Zero partiu para cima dele, mordendo o campo de força, causando uma enorme explosão de energia.
 Rina encostou a mão no ombro, machucada. Zero suspirou. Uma longa cortina de fumaça cobria o lugar do golpe.

 -Acabou?- perguntou Zero.

 Uranu saiu da fumaça, extremamente machucado e fraco.

 -Não... Vocês nunca irão derrotar Uranu, a encarnação da magia...- ele disse, estendendo a mão.

 Ele disparou toda sua energia. Zero pegou sua espada e avançou contra ela.

 -Hahahahahaha! Parece que temos um suicida aqui!- riu Uranu.

 Ele estendeu a mão para o alto, criando uma esfera de energia.

 -ADEUS!
 -ZERO!

 Rina lançou um raio na esfera, fazendo-a explodir junto com o inimigo. Zero parou, exausto, e ajoelhou-se.

 -Acho que agora acabou...
 -Sim... Acabou...

 Zero levantou e Rina foi até ele.

 -Essa foi difícil...- disse ela.
 -É... Mas... O que é aquilo?- perguntou Zero, apontando para uma esfera flutuante.

 Rina foi até ela e a tocou.

 -Ai! É gelada!
 -Pelo menos não explodiu...

 De repente, a esfera os engoliu numa luz ofuscante e os dois desapareceram.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cap.23

              Meta Heroes
 Temporada 2: Caos
 Capitulo 23: Rumo a novos limites! A batalha de Konar!
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 Jack sacudiu Ray pelos ombros, tentando fazê-lo acordar.

 -Acordaaaaaa!- gritou ele.
 -Ahm? Ahm? O quê?- disse Ray, sonolento, olhando para os lados.
 -Fomos sugados por um Vortex louco no céu, atirados nesse labirinto e NÃO TEMOS BOLO DE CHOCOLATE!- disse Jack, desesperado.
 -Ahm... Isso não é normal.- disse Ray.
 -Sim! Principalmente a parte do bolo de chocolate!- realçou Jack.
 -Espera, você disse labirinto?- perguntou Ray, acordando por completo.
 -Sim! E QUE NÃO TEMOS BOLO DE CHOCOLATE!- gritou Jack.
 -Então você está inutilmente piorando nossa situação, pois o som de seu grito desesperado está ecoando por todo o labirinto e chamando a atenção de inúmeros monstros.- disse Ray.
 -Ah. Isso não é legal.- disse Jack.
 -Vamos sair desse labirinto!

 Ray chegou perto de uma das paredes.

 -Ugh. Vou me arrepender por isso.- disse Ray.
 -O que você vai fazer?- perguntou Jack, curioso.

 Ray lambeu a parede.

 -Blaargh. Gosto de alumínio misturado com estrume, levemente quente e amargo.- avaliou Ray.
 -Você é um bom avaliador de paredes, mas do que isso serve?- perguntou o amigo.
 -Ah, eu posso me orientar se sentir o gosto das paredes. Coisa cientifica, noventa por cento das pessoas não entendem.- disse Ray.
 -Então eu lambo!
 -Como você quiser.

 Ray apontou para uma das entradas. Os dois seguiram por ela, olhando para os lados toda hora.

 -Jack, lambe aquela parede!- pediu Ray, depois de um tempo.
 -Ok.- disse Jack, e lambeu a parede- Alumínio com sabonete, morno e amargo.
 -Estamos chegando perto.- anunciou Ray.

 Jack levantou uma sobrancelha.

 -Confie em mim.- disse Ray.

 Os três andaram mais um pouco e chegaram até um enorme altar.

 -Um prato com bolo de chocolate!- exclamou Jack, apontando para um prato com bolo de chocolate.
 -Mas o que um prato de bolo de chocolate estaria fazendo aqui?- perguntou Ray.

 Um monstro gigante, com barbas que chagavam até os pés, com ar de esperto se materializou sentado.

 -Está como premio de meu teste.- disse ele.
 -Teste de quem come mais?- perguntou Jack.
 -Não.- disse o monstro.
 -De quem faz mais hambúrgueres?
 -Não!
 -De quem tem o cabelo com mais cheiro de maçã?- perguntou Ray.

 Os dois olharam para ele.

 -Ah, a Vicky sempre diz isso...- disse ele.
 -Não!!!
 -Então deve ser quem come mais hambúrgueres com cheiro de mação!- exclamou Jack, se exibindo.
 -NÃO!!! NÃO É DE QUEM COME MAIS, NEM DE QUEM FAZ MAIS HAMBURGUERES E MUITO MENOS DE QUEM TEM O CABELO COM MAIS CHEIRO DE MAÇÃ!!!- gritou o monstro.
 -Mas é chique...- murmurou Ray.
 -O teste é um quiz!- anunciou o monstro.
 -Um quiz? Tipo aquelas séries de perguntas?- perguntou Jack.
 -Sim. O teste de Konar!
 -Konar? Que nome idiota! Quem teria o nome de Konar? Parece até clonar! Konar, clonar!- comparou Jack.
 -Eu sou Konar.- disse o monstro.

 Jack parou de falar ao perceber o erro.

 -Que bom gosto seus pais tem.- elogiou Jack.
 -Agora, segue a primeira pergunta, valendo um ponto e mais um passo até o bolo: Qual é o liquido principal usado no xaguerimomomololololaquesipotolomalono?- perguntou Konar.
 -É fácil: Locomeupopopopopoxtulatelitulo.- respondeu Ray.
 -Podem dar mais um passo!- anunciou Konar.

 Os dois deram um passo.

 -E agora: Qual foram os dois famosos exploradores que descobriram o monstro Glup Glup e o mundo da gelatina?
 -Ah, essa eu sei!- disse Jack- Lelé Fufu e Oriovaldis dos Poinguis!
 -E está certa sua resposta!

 Pergunta vai, pergunta vem, eles se acharam a um passo do bolo.

 -Agora a ultima pergunta: Quantas calorias tem esse bolo?- perguntou Konar.
 -Jack, você é que sabe!- disse Ray.
 -Depende. Primeiro tenho que saber qual é o sabor.- disse Jack.
 -Creme.- respondeu Konar.

 Jack começou a espumar pela boca e seu olho direito a piscar sozinho.

 -Creme, creme, creme... EU PREFIRO CHOCOLATE!- berrou ele, e se atirou no chão.
 -Essa não! Eu vou ter que responder!- desesperou-se Ray- Vamos ver, essa cobertura... Essas nozes... E a leve camada de creme...
 -CHOCOLATE!!!
 -548 gramas!- respondeu Ray.
 -Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerrado! Esqueceu de contar a cereja!- disse Konar.

 Jack se levantou e jogou o bolo no chão.

 -Eu nem queria esse bolo!- exclamou ele.

 Uma esfera de luz saiu do bolo.

 -Legal, é brilhoso!- disse Jack- Vou morder pra ver se tem um gosto bom!
 -Não!

 Jack mordeu a esfera.

 -Hum... Gosto de chocolate.

 A esfera explodiu e os dois foram teletransportados. 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cap. 22

 Mais um capitulo, sirvam-se a vontade:

                  Meta Heroes

 Temporada 2: Caos
 Capitulo 22: O primeiro teste! Uros, a encarnação da força!
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 Vicky acordou com a cabeça doendo.

 -Bati a cabeça de novo.- disse ela, frustrada.

 Vicky olhou ao redor. Estava em um túnel. As paredes eram rochosas e o chão era irregular. Algo se mexeu.

 -Aaaaah!- gritou Vicky, apavorada.
 -Aaaaah!- gritou Lyra, também apavorada.

 As duas continuaram a gritar.

 -Aaaaah!- gritou Lyra.
 -Calma! Calma! Silencio!- gritou Vicky, e Lyra parou- Sou eu!
 -Ah, é você, Vicky.- disse Lyra, aliviada- Como você veio parar aqui?
 -Ahm... Vortex de cor roxa, no céu.
 -Ah, sim. Agora me lembro.- disse Lyra- Mas onde estamos?

 As duas olharam para o lugar.

 -Tem um mapa?- perguntou Vicky.
 -Não.
 -Então eu não sei.
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 Vicky e Lyra avançaram pelo túnel.

 -Estranho.- disse Vicky.
 -O quê?- perguntou Lyra.
 -Não sei.- disse Vicky.

 Vicky chutou uma pedra.

 -Ah, não chute as pedras.- disse Lyra.
 -Por quê?- perguntou Vicky.
 -Da ultima vez que alguém chutou uma pedrinha, ela caiu na lava, causou uma explosão e derreteu uma ponte. Não é agradável, e tenho sentimentos por pedras.- disse Lyra.
 -Oh, sim. Vou manter meu pé longe de pedras.- disse Vicky.

 Vicky tropeçou numa pedra.

 -Promessa impossível.- disse Lyra.

 Vicky se levantou.

 -Ok, a partir de agora.- prometeu Vicky.

 As duas andaram mais um pouco pelo túnel. O chão começou a tremer.

 -Vicky, chutou uma pedra?- perguntou Lyra.
 -Não!
 -Então é o fim!- gritou Lyra, e o chão desmoronou.

 As duas começaram a cair por algum lugar embaixo do lugar, em queda livre.

 -Nós não vamos morrer. Nós não vamos morrer. Nós não vamos morrer...- repetiu Vicky- NÓS VAMOS MORRER!!!

 Lyra usou seu poder para trazer uma pedra para si e subiu nela.

 -Ok, vamos tentar usar o que aprendi nas minhas aulas fracassadas de surfe!- disse Lyra, e controlou a rocha para desviar dos destroços.

 Vicky começou a chacoalhar os braços.

 -Por que eu não nasci com asas?!- gritou ela.

 Lyra desviou de mais uma rocha e foi descendo.

 -Deus, desculpe por roubar aquela bala de morango da loja quando eu tinha 9 anos! Eu ‘tava com muita fome, desculpe!- gritou Vicky.

 Lyra desviou de mais uma rocha.

 -E também por não alimentar meu gato Miau e deixá-lo falecer! Me desculpe, Miau!- gritou Vicky- Agora você quer vingança e eu vou morrer espatifada! Obrigado, Miau!
 -Segure a minha mão!- gritou Lyra.
 -Miau, é você?- perguntou Vicky, confusa.

 Lyra pegou a mão de Vicky segundos antes de ela espatifar-se no chão.

 -Miau, você reencarnou na Lyra?- perguntou Vicky.
 -Coitada, a queda deixou ela doida.- disse Lyra- Talvez isso funcione...

 Lyra largou Vicky e ela caiu no chão.

 -Sobrevivemos!- comemorou Vicky.
 -É, voltou ao normal.- disse Lyra, e pulou no chão.
 -Lyra, o que faremos? Não temos como subir!- perguntou Vicky, olhando para cima.
 -Sei lá.- disse ela- Nem sei o que estamos fazendo aqui.

 Vicky apontou para um baú.

 -Olha, um baú!- disse ela- Vou ver!
 -Espera, pode ser uma...

 Vicky saiu correndo na direção do baú. Um monstro gigante saltou de algum lugar.

 -Vicky, cuidado!- gritou Lyra.
 -Eeeeeee, tesouro, tesouro!- disse Vicky.
 -Ô, tem um  monstro!- avisou Lyra.
 -Ele é bonzinho!- disse Vicky.

 O monstro pegou Vicky, que só escorregou de volta para o chão e saiu correndo de novo.

 -Não preciso de carona, senhor Monstro!- disse Vicky.
 -Droga, o feitiço funciona bem demais!- disse o monstro- Vou esmagar a outra!
 -Feitiço? Me esmagar?- perguntou Lyra, se encolhendo- Fiz xixi.

 O monstro tentou esmagar Lyra com a mão, mas ela agilmente desviou e jogou uma pedra nele.

 -Há!- gritou ela.
 -Ninguém escapa de Uros, a encarnação da força!- rugiu o monstro.
 -Uros, que nome mais brega, em? Quem te batizou assim?- perguntou Lyra.
 -Aaaaaaargh!

 O monstro pegou Lyra e levantou-a.

 -Vicky, ajuda aqui!- gritou Lyra.
 -Tesouro!- gritou Vicky, e abriu o baú- Tesouro...?

 Vicky olhou para o monstro.

 -NÃO TEM TESOURO!- berrou ela, e lançou uma rajada incandescente de fogo, incinerando um monstro.

 Lyra caiu no chão.

 -Nossa, você gosta de tesouros, né?- comentou Lyra.

 Uma esfera de energia surgiu no lugar do monstro.

 -Ei! Tesouro!- disse Vicky, apontando para a esfera.
 -Eu não tocaria nisso.- disse Lyra.
 -Ah, eu sou curiosa.- disse Vicky, e tocou a esfera.

 A esfera começou a brilhar.

 -Os meus olhos! QUEIMAM!- berrou Lyra.
 -Má idéia!- gritou Vicky, e as duas desapareceram.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Cap. 21

 Oie, peoples. Hoje venho trazer o primeiro capitulo da nova temporada, que se chama Caos. Vai rolar bastante ação nessa temporada, então fiquem ligados!



                   Meta Heroes
Temporada 2: Caos
Capitulo 21: Quase de volta ao normal!
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 Zero largou a caneca na mesa, botou as cartas e sorriu. Billy e John olharam para o jogo de cartas que ele havia posto na mesa.

 -Impossível!- disse John.
 -Como assim, eu ia ganhar na próxima rodada!- disse Billy.
 -Azar.- disse Zero, dando de ombros- Mais uma partida?
 -Ish, eu não.- disse Billy, levantando da cadeira.
 -É impossível ganhar de você nesse jogo!- disse John, também saindo.

 Zero ficou um pouco pensando.

 -Haha, eu sabia que iam desistir alguma hora.
 -Ah, vai sair voando.- disse Billy.
 -Bom... Eu nunca tentei isso...- disse Zero- Vejo vocês no hospital.

 Zero se atirou pela janela.
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 Rina rodou um anel no dedo. Vicky ficou olhando.

 -Esse anel vai me deixar tonta.- comentou Lyra.
 -É minha culpa se eu tô entediada?- perguntou Rina, girando anel mais uma vez.
 -Bom, se eu parar no hospital por ficar tonta e tropeçar mais que o normal, a culpa vai ser sua.- comentou Vicky.

 As três ficaram olhando o anel girar.

 -Téééédio.- disseram as três.
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 Razor puxou uma cadeira, apoiou os pés na mesa e pegou um jornal e um bolo.

 -Nem te conto, Bloon.- disse Razor- Agora um cara invadiu a casa do meu pai e não quer sair. Imagina, deve ser horrível ter alguém que fica apoiando os pés nas mesas, lendo jornais e comendo seus bolos.

 Bloon parou de varrer o chão.

 -Nossa, eu nem faço idéia.- comentou ele.
 -Deve ser um horror.- disse Razor, de boca cheia.

 Jack entrou correndo na casa e sem querer fez Razor derrubar seu bolo no chão.

 -A LINDSAY ME BEIJOU!- gritou ele.
 -E o que você fez, além de derrubar meu bolo?- perguntou Razor.
 -Sai correndo.- respondeu Jack.
 -Cara, você tinha que pedir ela em namoro, não sair correndo.
 -Não é a coisa certa?- perguntou Jack.
 -Não!
 -Então eu vou pedir ela em namoro!- disse Jack, abrindo a porta- E, Bloon, alguém derrubou uma fatia de bolo no chão, tem que limpar.

 Jack saiu.

 -Maldição- resmungou Bloon, varrendo o bolo.
 -Ahm... Será que tem mais bolo?- perguntou Razor, e Bloon olhou ameaçador para ele- Acho que não.
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 Rina girou o anel mais uma vez. Olhou pela janela e se surpreendeu.

 -É minha impressão ou o Zero acabou de passar voando pela janela?- perguntou ela.
 -Ah, é só sua imaginação fértil.- disse Vicky.
 -Eu não tenho uma imaginação fértil!- disse Rina- Só imagino coisas impossíveis.

 Vicky e Lyra olharam para Rina.

 -Ok, eu tenho uma imaginação fértil. Mas eu juro que o Zero passou voando pela janela!
 -Claro, e meu avô é Lonio Bacabux.- disse Vicky.
 -O cara que fundou a colônia da Lua?- perguntou Lyra.
 -Esse mesmo.- confirmou Vicky.
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 Bloon expulsou Razor.    

 -Da próxima vez que for fazer um bolo, não exploda o fogão!!!- ralhou Bloon.
 -E eu ia saber que aquilo ia explodir?- perguntou Razor.

 Bloon bateu a porta e Razor olhou para o céu.

 -Pelo menos o Jack não sabia que era de creme e... O Zero ‘tá voando!- exclamou Razor.
 -Oi, Razor!- disse Zero, acenando e batendo num poste- Ai!

 Zero bateu a cabeça e caiu. Razor foi ver se ele estava bem:

 -Bela aterrissagem!
 -Haha, morri de rir.- disse Zero, passando a mão num galo em sua cabeça.
 -Espere até eu Twoittar isso no Twoiter 3000.- disse Razor, rindo.

 Rina saiu correndo de uma avenida.

 -Viram, eu disse que o Zero ‘tava voando! Há!- exclamou Rina, para Lyra e Vicky, que vinham logo atrás.
 -É, e ele bateu a cabeça num poste!- disse Razor, e todos riram menos Zero.
 -Aposto que todos aqui já bateram a cabeça em um poste!- disse ele, e ninguém falou nada.

 Vicky levantou a mão.

 -Eu já!- disse ela.
 -Nunca suspeitaria se ela não tivesse dito.- brincou Lyra.

 Ray atravessou a rua em direção a eles.

 -E ai, gente!- saudou ele.
 -Oi, Ray!- responderam todos.
 -Ahm, o que ‘tá acontecendo?- perguntou ele.
 -O Zero saiu voando e bateu a cabeça num poste.- disse Razor, e todos riram de novo.
 -Haha, tenho que Twoittar isso!- disse Ray.

 Sheila apareceu também.

 -Rindo de quê?- perguntou ela.
 -O Zero saiu voando e bateu a cabeça num poste!- mais risos.

 Jack e Lindsay chegaram na rua também e começaram a rir.

  -Hahaha!

 Todos pararam de rir.

 -HAHAHA!- riu Jack.
 -Jack, você nem sabe do que  ‘tá rindo.- disse Zero.
 -Por isso que tem graça!- disse ele.

 Todos riram e Zero olhou para o céu.

 -Deus, o que eu fiz?- perguntou ele.

 Um brilho roxo começou a se formar.

 -Ahm, parem de rir um pouco e olhem pro céu.- pediu Zero.

 Todos olharam. Um buraco negro havia se formado.

 -Danou-se!- disse Vicky, e foi sugada junto com Zero, Rina, Jack, Lyra e Ray.

 Os seis foram sugados para dentro e o buraco negro se desfez. Razor, Sheila e Lindsay ficaram em silencio um pouco.

 -É difícil ter um namorado que é Meta Heroe.- disse Lindsay.
 -Apoiada.- disse Sheila.

 Razor e Sheila ficaram pensaram um pouco.

 -Como assim?!- perguntaram os dois.
 -Gente desinformadinha, em?- disse Lindsay. 

quarta-feira, 17 de março de 2010

 Oie, pessoal, faz eras que não posto. Bom, eu viajei, as aulas começaram de novo, blá blá blá. Mas a boa noticia é que depois de aguentar aulas chatas eu tenho um tempo de escrever Meta Heroes de tarde ^^ Ok, sem mais enrolação, vim trazer o filme Meta Heroes: Missão: Centro da Terra. Teve 11 paginas a mais do que eu esperava ( sorte minha que não fiquei com calos nos dedos). Não deixem de comentar.
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*Use o óculos distribuído na loja mais perto de você.


*Não jogue pipoca ou refrigerante no computador, ele pode pifar.


*Em caso de falta de energia, você vai ter que esperar algumas horas ou reclamar para autoridades.


*A saída de emergência está localizada no X no canto da tela. Para usa-lá, é só preciso tem pelo menos 10 de QI.


                                      RESPEITE AS REGRAS E TENHA UM ÓTIMO FILME      
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 -É isso aí, pessoal!!!- gritou Razor- Time dos Bulldogs de Rua!!!

 Razor deu um pulo e comemorou.

 -Ahm, Razor, por que nosso time se chama Bulldogs de Rua?- perguntou Ray, coçando a cabeça.
 -Ora, porque...- disse Razor, pensando.
 -Você não sabe, né?- perguntou Zero, dando um peteleco nele.
 -Ai!
 -Isso não importa!- disse Jack, e bateu as duas mãos uma na outra- O que importa é deixar as meninas cobertas de tinta com essas armas de Paintball! Depois deixamos a cidade!Depois o país!E então o mundo! E então dominaremos o universo!!! Mwahahahahaha!!!- e começou a rir histericamente.

 Jack saiu correndo pelo labirinto, atirando tinta para todo lado com sua arma.

 -É isso aí!!!- gritou Razor, saindo correndo também.- Preparem-se, meninas, o papai Razor ‘tá chegando!

 Zero e Ray se olharam.

 -Ok, eles são definitivamente loucos.- disse Ray.
 -Bom, de qualquer jeito...- disse Zero, passando a mão pela arma.-TÁ NA HORA DO PAINTBALL!!!

 Zero saiu correndo, deixando Ray sozinho.

 -Será que eu sou a única pessoa normal aqui?- resmungou ele.
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 -Ok, meninas, vamos arrebentar os meninos!- gritou Lyra, fazendo uma pose com a arma de Paintball.
 -Tecnicamente não vamos arrebentar os meninos...- disse Sheila- Vamos sujar eles todos de tinta, deixando eles apodrecerem numa poça colorida com cheiro ruim. Bem diferente.
 -Ah...- disse Lyra- Se você fala...
 -Ok, então vamos sujá-los!-gritou Rina.
 -É!- concordaram todas.

 Rina, Lyra e Sheila de dirigiram a uma entrada do labirinto.

 -Esperem!- chamou Vicky.
 -Que foi?- perguntou Rina.
 -Como eu atiro com isso?- perguntou Vicky.
 -É só apertar o gatilho.- explicou Rina.
 -Assim?- perguntou Vicky, apertando o gatilho.

 Vicky olhou para a cara de Rina.

 -Pintou sua cara de roxo?- perguntou Vicky.
 -Não, você acertou minha cara.- disse Rina, se controlando para não estrangular a amiga.
 -Ah. Viu a importância de usar o óculos?

 Vicky percebeu a raiva no rosto de Rina.

 -Epa...- disse ela, correndo para dentro do labirinto.- Socorro! Estou perdida!
 -Que bom!- gritou Rina- Assim é mais fácil eu te achar!!!
 -Ah, danou-se!- lamentou Vicky.
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                                           Meta Heroes, O filme: Missão: Centro da Terra     

                                                  

 Jack corria como um louco pelo labirinto, pulando e girando.


 -Não podem se esconder pra sempre!!!- disse ele, com a voz maligna.

 Então ele ouviu um farfalhar. Virou-se e viu Lyra com a arma apontada para ele.

 -Não!!!- gritou ele, girando a arma na sua mão e disparando contra ela.
 -Aaaah!- gritou Lyra, rolando para trás de um arbusto.- Toma essa!

 Jack fugiu dos tiros, deu uma mortal por cima de Lyra, que ficou olhando ele passar por cima e pousar de atrás do arbusto.

 -Cheque-mate!- disse Jack, atirando vários tiros seguidos, acertando Lyra.
 -Nããão!- lamentou Lyra, largando sua arma e se fingindo de morta.
 -Mwahahaha! Só faltam três!- gritou Jack, entrando em outra parte do labirinto.
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 Ray caminhava sorrateiramente pelo labirinto, apontando a arma para todo lado.

 -Mwahahaha, ninguém nunca vai conseguir me derrotar!- disse ele.

 Seguiu mais um pouco e sentiu alguma coisa acertando suas costas.

 -Como ‘cê falava, mesmo?- perguntou Vicky, atirando nele.
 -Sujou!- disse ele, recuando enquanto os tiros o acertavam, então tropeçando.- Literalmente.

 Rastejou e agarrou a perna de Vicky.

 -Como, Vicky? Como pode fazer isso comigo?- perguntou Ray.
 -Assim!- disse ela, apertando o gatilho, mas nada aconteceu.- Ué, será que a munição acabou?- perguntou ela.

 Vicky olhou pelo tubo da arma, e de repente foi acertada por um tiro na cara da própria arma, despencando no chão.
 Ray olhou para o rosto dela, todo manchado de vermelho.

 -Vicky!- chamou Ray, rastejando até ela.- Isso é... sangue!!! Vicky, nããããããoooooooooo!
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 -Ok, meu placar virtual diz que Lyra, Ray e Vicky estão fora.- disse Sheila, para si mesma.- Agora sobram eu, Rina, Razor, Zero e Jack... Os meninos estão ganhando!
 -Os meninos não...- disse Razor, assustando Sheila.- Os Bulldogs de Rua!

 Os dois começaram a atirar um contra o outro, desviando e rolando.

 -Nunca vai me derrotar!- gritou Razor.
 -Como você pode ter tanta certeza?- gritou Sheila.
 -Porque eu sou seu namorado!- revelou Razor, e os dois pararam.
 -Isso não fez um menor sentido.- disseram os dois, parando de atirar.
 -Ok, trégua! Essa troca de tiros nunca vai levar a lugar nenhum, vamos caçar os outros.- disse Razor.
 -Ok, concordo.

 Os dois abaixaram as armas, viraram-se de costas e seguiram caminhos diferentes. Quando os  dois acharam seguro, viraram ao mesmo tempo e atiram, cada um com um único tiro, e os dois acabaram sendo acertados.

 -Ish, meu plano não deu muito certo.- disseram os dois, e riram.
 -Vamos sair daqui antes que o Jack chegue aqui. Ele ficou malucão- disse Razor.
 -E quando ele não ‘tá malucão?- perguntou Sheila.
 -Essa, minha cara Sheila, será uma pergunta que nunca poderei responder.- afirmou Razor.
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 Zero desviou de um tiro de Rina rolando e disparou outro tiro.

 -Opa, ‘cê é bom nesse negócio!- elogiou Rina, desviando.- Mas não tão bom quanto eu!

 Rina começou a disparar, e Zero se abaixou, rolou e atirou um único tiro, que Rina deve que pular, mas acabou perdendo o equilíbrio quando caiu, ficando vulnerável. Zero apontou a arma.
 Zero hesitou. Dois Razorzinhos minúsculos imaginários pousaram em seus ombros, um com asas de anjo e cabelo encaracolado e outro vermelho com chifres e um rabo pontudo.

 -Faça o bem, Zero, não atire.- disse o Razorzinho com cabelo encaracolado, com uma voz angelical.
 -Pegue essa arma e faça ela respirar tinta pelos ouvidos!- disse o Razorzinho vermelho, com uma voz grossa e malvada.
 -Pare de persuadir ele a fazer coisas más, Diazorzinho, eu imploro!- disse o Razorzinho do bem.
 -Nem que eu fosse bonzinho, Razorzingelo!- disse Diazorzinho, o Razorzinho mau, espetando o traseiro de Razorzingelo com um tridente.- Atire nela!!!
 -Ela é sua namorada e confia em você, Zero, não faça o que Diazorzinho diz!- disse Razorzingelo, afagando o traseiro.- E depois compre um band-aid para o sua cônscia boa, por favor.
 -Oras, e diz que é o ser mais bonzinho da mente dele!!!- descriminou Diazorzinho, olhando Razorzingelo com desprezo.
 -Hum! Estou de saco cheio de você, Diazorzinho, vou mudar de mente!- disse Razorzingelo.
 -Se você ir embora, o garoto vai virar um vândalo psicopata que vai destruir a cidade com seus poderes, é isso que você quer, Razorzingelo?- perguntou Diazorzinho, desafiador.
 -Oh, por que com tantos empregos para Razorzinhos eu quis ser bem um Razorzinho-da-Consciencia?- lamentou-se Razorzingelo.
 -Porque você é um fracassado!- respondeu Diazorzinho.
 -Ora, agora você vai levar um chutão no traseiro!
 -Então vai arranjando um Razorzinho-Dentista, manézão!

 Os dois começaram a brigar. Zero ficou confuso com tudo aquilo e gritou.

 -Parem!!!Eu posso decidir sozinho!- disse Zero.     
 -Não pode não! Se eu não estivesse aqui você já teria atirado, perderia a namorada e seria conhecido como um assassino impiedoso pelo resto da vida.- discordou Razorzingelo.
 -Duvido!!!- disse Zero.

 Rina olhou para os lados, tentando achar alguém.

 -Ahm, Zero, com quem está falando?- perguntou ela, confusa
 -Com meus Razorzinhos-da-Consciencia!!!- respondeu Zero.
 -Ahm, sinta-se a vontade.- disse Rina, apoiando a cabeça no joelhos, esperando.

 Diazorzinho se irritou:

 -Decida-se logo, garoto!!!
 -Ah, parem de me pressionar!- disse Zero, sacudindo a cabeça.
 -Não atire!
 -Atire!
 -Não atire!
 -Atire!
 -Paaaaaaaaareeeeeeeeeeem!!!- gritou Zero, sacudindo eles, que se tornaram fumaça e foram subindo.
 -Viu só, o rapaz se irritou!
 -Oras, eu sou do mal, o que você queria?
 -Aaaaaaaah, me deixe em paz, Diazorzinho!!!

 Zero pegou a arma.

 -Ah, já tava na hora.- disse Rina, fazendo cara de apavorada.- Não atire em mim, estou indefesa!!!
 -Não posso apertar... o... gatilho...- disse Zero, e virou a arma para si mesmo.- Adeus!

 Zero atirou em si mesmo e se atirou no chão.

 -Não, Zero, por que? Por quê?- disse Rina, chacoalhando ele.

 Rina ouviu o som de um tiro cortando o ar e rolou para o lado, no momento exato em que um bombinha de tinta passava a toda a velocidade. Ela acabou seguindo em frente e acertando Zero.

 -AI! VAI DIZER QUE EU TIVE QUE ROLAR NO CHÃO, AGUENTAR DOIS RAZORZINHOS BRIGUENTOS E ATIRAR EM MIM MESMO, SÓ PRA LEVAR UM TIRO DE TINTA NA BARRIGA???- resmungou ele, bravo.

 Jack começou a rir.

 -E depois eu sou o...- disse Jack, mas sua blusa foi manchada por três bombinhas de tinta, fazendo ele cambalear.- ...louco?

 Jack olhou para Rina, que estava com a arma de Paintball apontada para ele.

 -Haha, o seu bom humor foi a sua desgraça!- disse Rina.

 Jack caiu de joelhos e gritou para os céus:

 -Nãããããããããoooooooooo!!!
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 -Haha, o melhor jogo de Paintball que eu já participei.- disse Vicky, quando todos saiam do labirinto.
 -Vicky...- disse Rina.- Foi seu primeiro jogo de Paintball.
 -Ah, é.- se tocou Vicky.- Ei, vamos sentar ali, pessoal.- sugeriu ela, apontando para uma mesa.
 -É!- todos concordaram.

 Eles se sentaram e começaram a conversar. De repente o celular de Zero começou a tocar e ele atendeu. Depois disse para todos:

 -Era o Bloon.
 -Aaaaaa...
 -Disse pra irmos pra casa dele.
 -Aaaaaa...
 -É muito importante.
 -Aaaaaa...
 -E ele fez bolo!!!
 -Eeeeeeeeeee!!!
 -Peraí, mas de que sabor?- perguntou Jack.
 -Creme.- disse Zero, sorrindo. Mas então ele percebeu o erro.- Epa.
 -MAS EU NÃO GOSTO DE CREME, EU PREFIRO CHOCOLATEEEEEEEEEEEE!!!
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 Depois do surto de raiva de Jack, todos foram para a casa do Bloon, onde encontraram Bloon, John, Billy e...

 -EXSON???!!!- exclamou Razor.
 -É meu nome.- disse Exson, que estava apoiado numa parede.- Algum problema com ele.

 Exson começou a encarar Razor.

 -Nenhum, até parece que ia ter algum problema com seu nome. Já disse que ele é muito bonito?- disse Razor, rápido.-Mas o que você ‘tá fazendo aqui?
 -Esse velhote pediu minha ajuda.- respondeu ele simplesmente.

 Bloon, que estava sentado numa cadeira arrumando uns papéis, olhou para ele com cara de “Como assim velhote?”. Exson olhou para ele cara de “Não chamar você de velhote não estava no acordo”.
 Jack começou a rir deles.

 -Hahaha!!! A cara de voc...
 -Que tem minha cara?- perguntou Exson.

 Jack se tocou.

 -Nada.- disse ele, estremecendo.Se virou para os amigos.- Esse cara é sinistro!!! Alguém tem uma cueca limpa pra emprestar?
 -Eca!!!- resmungaram todos, se afastando de Jack.

 Depois de todos se acomodarem e Jack ter sido posto no cantinho da sala virado para a parede, bem longe de todos, Bloon disse:

 -Eu chamei todo mundo aqui, nesse momento, unidos como um grupo, para anunciar verdadeiramente que eu finalmente, depois de usar toda minha inteligência e memória fotográfica, acabei chegando a...
 -Fala logo, pô!- disse Jack.
 -Fica quieto, cueca- disse Razor, fazendo todos rirem, menos Bloon.
 -Boa, Razor, boa!!!- disse Jack, rindo.- Só não conta mais, fica com cheiro ruim se eu aliviar.
 -Eca!!!- disseram todos.
 -Por que você não vai ao banheiro?- perguntou Bloon, balançando a cabeça.

  Jack virou a cabeça e ficou com os olhos miúdos.

 -Aqui tem banheiro?- perguntou ele, como se tivesse descoberto que tinha ganhado na loteria.
 -Claro! Ali no corredor! Pode ir, por favor!- disse Bloon.
 -Ah, mas eu não preciso.

 Todos reviraram os olhos.

 -Pô, mas você é chato, em?- exclamou Exson, pegando um copo e jogando em Jack com toda a força.- Não gostei de você!

 Jack se virou com os olhos cheios de lágrimas.

 -Buuuuuuaaaaaa, agora eu preciso ir no banheiro!- disse Jack, chorando e saindo correndo para o corredor.

 Todos ficaram em silencio.

 -Pô, você tocou um copo no Jack e machucou ele!- disse Billy, se levantando da cadeira e apontando para Exson- Você é mau!!!
 -Fica na tua, garoto!!!- disse Exson.
 -Tá bom.- disse Billy, sentando na cadeira e sorrindo forçadamente.

 Jack voltou com cara chorosa.

 - O Billy tem razão, você é mau!- disse Jack, fazendo uma careta para Exson.

 Exson pegou outro copo e jogou na direção de Jack, que saiu correndo.

 -Ei, pare de jogar copos no nosso amigo!- disseram todos, menos Bloon, que disse:
 -Pare de quebrar meus copos, ele custam caro, seu vândalo!!!

 Todos olharam para Bloon com cara de “Epa, coisa errada!”.

 -Quer disser...- corrigiu ele- Pare de jogar copos no Jack!
 -Eu toco copos em quem eu quiser, velhote!- disse Exson.
 -Chega, está expulso da minha casa!!!- disse Bloon.

 Lyra abriu a porta e todos empurraram Exson para fora. Depois dele ser expulsado, Bloon espalmou as mãos e disse:

 -Esse cara é um vândalo!!!
 -Ele me agrediu física e emocionalmente!- disse Jack.
 -Eu tive que abrir a porta pra ele sair e acabei atrás da porta no cantinho do Jack!!!- disse Lyra.
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 Depois da confusão passar, Jack ir comprar uma cueca no mercado mais próximo e todos se arrumarem na mesa, Bloon finalmente pode anunciar o que queria disser:

 -Eu finalmente de terminei preparar a viagem para o centro da Terra!- disse ele.
 -Você chamou a gente aqui só pra avisar que você vai tirar férias?- perguntou Billy.
 -Ah, vá ler o capitulo 6!- resmungou Jack.
 -Ei, nunca mais vou emprestar vinte lengos de prata pra você comprar uma cueca!!!- avisou Billy.
 -Ah, não, já tivemos nosso momento de comédia!- disse Bloon.
 -Mas por que ‘cê queria ajuda do Exson?- perguntou Razor.
 -Pra ser nosso guarda-costas. Se algum monstro descobrir sobre a viagem. Mas relaxem, nenhum monstro vai descobrir.

 Rina apontou para a janela.

 -Lamento disser, Bloon, mas tem um monstro ouvindo pela janela!

 Todos olharam para a janela. Tinha um monstro marrom com dentões gigantes tortos e um só olho escutando tudo.

 -Atrás dele!- gritou Vicky, e todos saíram correndo porta a fora.
 -Iaaaaaaaah!

 Zero saiu voando em seu Airboard, Rina criou um disco de luz e subiu nele, John ativou sua armadura e saiu voando, Jack criou uma pista de gelo e saiu escorregando por ela.

 -Poxa, esse bicho é rápido!- disse Ray, correndo como um louco.
 -Atirem nele!- gritou Vicky.

 John atirou um laser, mas acabou acertando Zero, que caiu em cima de Rina, que caíram em cima de Jack, que caíram em cima de todo mundo.

 -TÔ VIVO!- comemorou John, mas o monstro jogou uma pedra nele.-Maldito!!!
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 No dia seguinte, todos se encontraram numa clareira na floresta. Vieram todos. Bloon se pois na frente de um poço.

 -Esse é o Poço Negro, Bloon?- perguntou Sheila.
 -É!- afirmou Bloon.
 -Legal!!! E como você faz pra usá-lo?
 -Eu só preciso recitar as palavras mágicas. Mas isso é só no meu caso, já que sou um Axion.- explicou Bloon.- Se fosse qualquer outro, teria que responder uma pergunta.
 -Legal.
 -Você não acharia legal se um monstro surgisse do nada pelo poço e atacasse você. Acredite, isso acontece.
 -Legal, agora vou montar guarda.- disse Sheila, se afastando.

 Bloon se virou e chamou:

 -Zero, Rina, Jack, Lyra, Vicky e Ray... Meu deus, vocês são muitos, em?... Ok, venham aqui.

 Eles foram para perto do Poço Negro.

 -Ok, vou ativar ele. Cuidado, a travessia só pode ser feita de mais ou menos 1 a 3 dias.- disse Bloon, e começou a recitar palavras em outra língua.

 Eles ficaram esperando. Bloon fechou os olhos. De repente, um enorme monstro serpente, com casco de tartaruga e quatro garras de leão surgiu de dentro do poço, saindo de uma luz roxa.

 -Aaaaaah!!!- gritaram todos, e começaram a  correr de uma lado para outro fugindo do monstro gigante.
 -Bloon, para de cantar Estranhês e ajuda!!!- gritou Zero.
 -Zero, eu acho que assim que ele começa não pode mais parar!!!- sugeriu Razor.
 -Que ótimo!- disse Zero, desviando de uma garra.

 Jack soltou um gritinho agudo e pulou sobre o monstro.

 -Toma!- disse ele, tirando água do ar e tocando no monstro, porém só deixou ele mais bravo.

 O monstro pegou Jack, Lyra, Ray e Vicky e atirou eles no poço, mas Bloon infelizmente já tinha ativado o portal e saído para investir contra o monstro. Zero e Rina foram lançados para o mesmo destino com um caudada e Razor e Sheila foram empurrados pelas patas também para o poço.
 Todos eles foram engolidos pela luz roxa, e logo não estavam mais na clareira.

 -Ah, não!- disse Bloon, mas foi acertado por uma pata antes que pudesse se atirar na luz também.
 -Estamos fritos.- disse Billy, desviando da cauda.
 -Ô, Bloon, vira Axion e dá uma incrementada no poder!- pediu John, tentando se livrar do aperto de uma pata.

 Bloon começou a emitir faíscas roxas, e sua pele foi ficando mais clara, seus olhos roxos e um cristal surgiu na sua testa.
 Materializou tuas espadas e bloqueou um golpe do monstro, depois tentou cortar uma pata do monstro, mas ele recuou.
 John atirou um laser na cabeça do monstro, que se virou, balançando a calda.

 -Billy, tente segurar a cauda!

 Billy firmou os pés no chão e colocou as mãos para a frente. A cauda bateu nele e Billy acabou sendo jogado um pouco para trás, mas conseguiu segura-lá.
 Bloon empunhou as duas espadas e cortou a cauda do monstro, que grunhiu e se desfez em um tipo de energia roxa.

 -Ok- disse Billy- Isso foi muito maluco.- e caiu no chão exausto.
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 Ray acordou com dor nas costas. Se levantou e observou o lugar. Era um túnel cheio de cristais e diamantes. O chão era de pedra pura. Todos estavam lá, desmaiados.

 -Ei, pessoal, acordem!!!- gritou Ray.

 Jack se virou de um lado para outro.

 -Ah, mamãe, mais cinco minutinhos- resmungou Jack.
 -Que cinco minutos nada!- disse Ray- E eu não sou sua mãe!
 -Ah, mãe, pare de mentir!- resmungou Jack, fazendo um gesto com a mão.

 Ray já estava preparando uma resposta, mas foi interrompido por Lyra:

 -Ai, minha cabeça. Onde a gente tá?- perguntou ela, passando a mão num galo que tinha se formado em sua cabeça.
 -Ahm, eu gostaria de saber...- disse Ray, observando o lugar mais uma vez.- Flórida?

 De repente Jack pulou da cama.

 -Estamos na Flórida? Eu sempre quis vir para a Flórida!- disse Jack, maravilhado.- Precisamos avisar os outros.

 Ray e Lyra reviraram os olhos, mas foram acordar os outros do mesmo jeito.

 -Zero, estamos na Flórida!!!- disse Jack, chacoalhando Zero.
 -Ahm?- resmungou Zero, olhando ao redor.- Jack, acho que aqui não é a Flórida... Acho que é o Submundo.

 Jack virou-se e apontou para Lyra e Ray.

 -Vocês mentiram!!!- acusou-os Jack.
 -O que, mas nós não dissemos nada!- exclamou Ray.
 -Ora, não distorça a verdade, Ray!- disse Jack.

 Mas nesse momento todos ouviram um rugido descomunal e perderam todo o sono. Olharam para o túnel, de onde uma luz alaranjada se aproximava.

 -Epa, isso não é bom...- disse Zero.
 -Gente, é fogo!- gritou Vicky.

 Todos recuaram, o calor aumentava a cada segundo.

 -PRO CHÃO!!!- gritou Rina.

 Todos se atiraram no chão, enquanto uma imensa rajada de fogo passava sob suas cabeças, chamuscando seus cabelos.

 -O que é isso???!!!- perguntou Razor.
 -Fogo!- disse Vicky.- Fogo de dragão!

 A rajada de fogo cessou e tudo ficou em silencio. Então um barulho de algo cortando o ar suavemente pode ser ouvido, e todos souberam que Vicky estava certa.
 Um dragão surgiu voando do túnel e pousou na frente deles, agitando a cauda espinhosa e abrindo e fechando as garras como se procura-se algo. Farejou no ar.

 -Por que ele não atacou ainda?- perguntou Lyra.

 Lyra não deveria ter tido aquilo. O dragão logo virou a cabeça para eles e abrindo a boca para lançar outra rajada de fogo neles. Todos  saíram correndo de perto do dragão, fazendo muito barulho, deixando a criatura confusa, virando a cabeça para todo lado.

 -Gente, ele parece que ficou confuso com tanto barulho...- disse Ray.

 O monstro tentou acertar Ray com o braço, mas ele agiu rápido e pulou em cima da mão dele.

 -Ele é cego!- avisou Ray- Só se orienta com a audição e o olfato! Façam bastante barulho pra deixá-lo confuso!!!

 Todos obedeceram, batendo nos minérios das paredes, produzindo um som agudo, deixando o monstro confuso, colocando as mãos nos ouvidos e sacudindo a cabeça.

 -Ray, você é um gênio!- elogiou Vicky, batendo em um cristal com uma pedra.

 O monstro caiu no chão e começou a bater a cabeça no chão.

 -Não parem!- gritou Razor- Ele está se enfraquecendo!

 Então o dragão se desfez em energia roxa, que ficou pairando no ar.

 -Ufa.- disse Sheila, deixando se cair no chão.
 -Minhas orelhas nunca mais serão as mesmas.- disse Jack, massageando as orelhas.
 -Olhe pelo lado bom...- disse Rina.- Ninguém virou espetinho sabor humano.

 Enquanto Rina falava, a energia roxa se juntava, criando uma esfera de pura energia.

 -No caso do Jack...- disse Zero- Sabor louco que acha que está na Flórida.

 Todos riram. A esfera já estava quase completa.

 -Ei, nunca se sabe!- defendeu-se Jack.

 A esfera se completou e lançou raios neles, fazendo os brilhar.

 -Epa, isso daí não parece bom!- disse Razor, tentando olhar a testa, onde o raio estava acertando.

 Todos desapareceram num clarão de luz, refletido por todos os cristais, causando uma visão segadora.
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 Rina se encontrou numa escuridão total. Tentou avistar alguma coisa, mas parecia que não havia luz nenhuma no lugar.

 - Ah, só faltava essa! Teletransportado de novo?- resmungou uma voz conhecido do meio da escuridão.
 -Zero?- sussurrou Rina.
 -Rina? É você?- respondeu Zero.
 -Sim! Onde ‘cê ‘tá?- perguntou Rina, tateando ao redor.
 -Ish, nem eu sei! Uma luzinha seria uma boa.

 Rina formou um esfera luminosa, revelando os dois cara a cara.

 -Ah!!!- exclamou Rina, se assustando.
 -Jesus, Maria, José!!!- se assustou Zero, pulando para trás.

 Rina levantou uma sobrancelha.

 -Nossa, isso foi bem religioso.- conclui ela.
 -Verdade, mas onde nós estamos?- perguntou Zero.
 -Ahm...

 Os dois olharam ao redor.

 -Uma caverna.- conclui Zero.
 -Ótimo. Adoro cavernas.- disse Rina, nervosa.

 De repente uma voz aguda pode ser ouvida de um lugar distante:

 -Irmão Arrex, ouviu alguma coisa?
 -Não.- respondeu uma voz grossa.
 -Mas eu juro que ouvi alguém dizer “cavernas”!     
 -Você sempre ouve monstros dizendo “cavernas”.
 -Não, dessa vez é sério!

 Uma luz bruxuleante foi se aproximando por um lado, iluminando as paredes da caverna, que eram cheias de ossos e carne estragada.

 -Rina, desfaz essa luz!- sussurrou Zero.

 Rina desfez a esfera de luz e os dois se esconderam atrás de uma pedra.

 -Agora eu vi algo se apagando!
 -Não á ninguém aqui, irmão Iro, ninguém tem coragem de invadir nossa casa!

 Zero e Rina estremeceram e perceberam a imensa sorte que tiveram. Reconheceram quem eram os monstros.

 -Tudo bem, irmão Arrex, vamos comer de qualquer jeito, eu arrumo a fogueira.

 O som de gravetos e folhas raspando no chão pode ser ouvido, a seguir de duas pedras se batendo e então um fogo iluminou toda a caverna.
 Um monstro magro e pequeno, com dentes afiados saltando da boca roxa, com dois olhos extra-grandes e dois braços com garras tortas atirou duas pedras na parede.

 -Irmão Iro, não jogue as pedras boas na parede!

 O monstro dono da voz era um ser gordo e alto, com as mesmas características faciais do irmão, porém com braços longos que chegavam até os tornozelos espinhosos.

 -Ah, você pode juntar a qualquer momento, irmão Arrex!- respondeu Iro, fazendo sinal para o irmão sentar.

 Bom, sentar na cadeira onde Zero e Rina se escondiam.

 -Não, aquela pedra não suporta meu peso, sente você- disse Arrex, sentando numa pedra maior.
 -Bem, eu avisei que você devia assinar aquela pedra de emagrecimento.

 Iro sentou na pedra, fazendo Zero e Rina estremecerem.

 -Já disse para não falar sobre meu peso, irmão Iro.- avisou Arrex.
 -Ora, hoje você quase perdeu aquela caça, por isso quase ficamos sem carne para comer!

 Rina soltou um gemido.

 -O que foi isso?- perguntou Iro.
 -Atrás da sua pedra!- avisou Arrex, apontando.

 Iro olhou para trás e viu Zero e Rina olhando para eles.

 -Intrusos!!!

 Zero e Rina saíram correndo, enquanto Iro cravava a garra no chão onde eles estavam alguns segundos atrás.

 -Pegue eles, irmão Arrex!- mandou Iro, tentando tirara a garra do chão.

 Arrex levantou da sua pedra e estendeu os braços, que foram se esticando no ar, seguindo Zero e Rina.

 -Consegui!- gritou Iro, correndo atrás deles, abrindo a boca e soltando um bafo que parecia corroer tudo que tocava.

 Zero olhou para trás.

 -Rina, sabe quem eles são?- perguntou ele.
 -Aqueles irmãos monstros que o Bloon contou um dia? Arrex e Iro?- disse Rina, apavorada.
 -É!!!- confirmou Zero.- Você se lembra como o viajante derrotou eles?- perguntou, tentando se lembrar.
 -Ele... Ele percebeu que eles eram implicantes demais um com o outro, e usou isso para fazê-los brigarem, então fugiu!- respondeu Rina, se lembrando.- Isso! Vamos fazer isso!.

 Rina girou e lançou um clarão de luz da sua mão, cegando os irmãos temporariamente. Zero se escondeu atrás de uma pedra perto de Iro e Rina em uma outra onde tava para ver os dois irmãos.

 -Argh, irmão Arrex, o que você fez dessa vez, seu idiota?- perguntou Zero, imitando a voz de Iro.
 -O que você disse? Me chamou de idiota, irmão Iro?- perguntou Arrex.- Você que é idiota!
 -Eu não disse nada, e não sou idiota, seu imbecil gordo!!!- respondeu Iro.
 -Ora, seu...- disse Arrex, furioso.

 Arrex tentou acertar Iro com um dos seus braços elásticos, mas o irmão mordeu-o, fazendo ele gritar de dor. Porém, Arrex aproveitou e levantou o braço para cima, levando Iro junto, fazendo ele bater no teto e cair.

 -Nunca mais me chame de imbecil gordo!!!- exclamou Arrex.

 Iro saltou para cima de Arrex, e os dois saíram rolando, golpeando-se. Zero fez um sinal para Rina, que apontou o dedo indicador para os dois e soltou um raio de pura eletricidade, transformando os dois em energia roxa.

 -Nossa.- disse Rina- Isso que eu chamo de barraco monstruoso.
 -Bom tiro- elogiou Zero, saindo do esconderijo.
 -Boa imitação.- elogiou Rina, espalmando as mãos.

 Porém, antes de qualquer outra coisa, a energia roxa se juntou e transformou-se em esfera, lançando raios nos dois, teletransportando eles de novo.
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 - Ah, nós já estamos caminhando faz um tempão, vamos par um pouco, Vicky!- implorou Ray, cansado.

 Os dois estavam seguindo por um túnel, procurando pelos outros faz alguns minutos.

 -Mas nós só estamos caminhando faz vinte minutos.- disse Vicky- Você não vai perder as pernas por causa disso.


 Os dois caminharam em silencio por um tempo.

 -Como você sabia?- perguntou Ray, de repente.
 -Como eu sabia o quê?- perguntou Vicky, confusa.
 -Como você sabia que era fogo de dragão?

 Vicky pensou um pouco.

 -Eu... senti.- respondeu Vicky- Como se aquele fogo fosse diferente. Você não sentiu?
 -Não.- disse Ray.- Deve ter alguma coisa a ver com seus poderes.
 -É.
 -Você foi nossa salvação.

 Vicky corou.

 -Ah, mas foi você que percebeu que o dragão era cego e teve o plano de confundi-lo com o som. Você foi nossa salvação.
 -Digamos que...

 Mas Ray foi interrompido por um estrondo vindo de algum adiante. O chão começou a tremer e uma mão gigantesca surgiu do chão, abrindo um buraco.

 -Ah, danou-se!- exclamou Vicky, se afastando.

 Um monstro gigantesco e marrom, com dois chifres no rosto se levantou do buraco. Tinha braços enormes e uma couraça aparentemente resistente.

 -Graaaaaaaaa!- gritou o monstro, tentando dar um soco em Ray, que desviou rolando.
 -É, danou-se mesmo!!!

 O monstro ia dar outro soco, mas Ray pegou uma luva negra do bolso, colocou na mão e ela magicamente se transformou em um escudo negro que liberava uma aura das trevas ao redor.
 O soco do monstro acabou sendo defendido com o escudo, que não recebeu nenhum arranhão, deixando a mão do monstro machucada.

 -Isso!- comemorou Ray.
 -Boa, Ray!- elogiou Vicky, partindo para cima do monstro, estendendo a mão enquanto pulava, formando uma imensa bola de fogo incandescente.

 Vicky atirou a bola em direção ao monstro, que conseguiu segura-la, mas queimando as mãos e soltando a bola no chão, onde se desfez em fumaça.
  Vicky preparou outra bola de fogo, jogando a de novo. Mas o monstro não ia cometer o mesmo erro de novo e deu um chute colossal na bola, rebatendo a de volta. Ray correu até Vicky, se atirando em direção dela, tirando os dois do caminho da esfera.

 -Ai.- disse Vicky- Vou pensar duas vezes na próxima vez que atirar uma bola de fogo num Minotauro.
 -É isso!- exclamou Ray- Vicky, me segue!
 -Ahm, tudo bem.

 Ray e Vicky se aproximaram de uma parede. Ray começou a pular como um doido e gritar.

 -Ray, o que ‘cê ‘tá fazendo?- perguntou Vicky.
 -Fazendo o Minotauro ficar furioso!

 De fato, o Minotauro estava bufando e raspando o pé no chão, e então começou a correr em direção a eles.

 -Desvie!!!- gritou Ray, se atirando para o lado.

 Vicky fez a mesma coisa, e o monstro acabou batendo a cabeça e ficando com os chifres trancados.

 -Eba, deu certo!- comemorou Ray.
 -Ray, você é um gênio!- elogiou Vicky, dando um beijo nele.

 O monstro conseguiu tirar a cabeça, mas havia algo de diferente. Os chifres ficaram na parede. O Minotauro caiu de joelhos e se desfez em energia roxa, que logo se transformou numa esfera e lançou os raios neles dois.

 -De novo não!!!- resmungaram os dois.
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 -Oh, Deus, o que foi isso?- perguntou Sheila, assustada.

 Lyra correu até um canto da caverna, batendo numa parede com a cabeça.

 -Ai!
 -Ok, o que ‘cê pretendia fazer com isso?- perguntou Sheila.
 -Não é obvio?- resmungou Lyra- Quebrar a parede.
 -Nossa- disse Sheila- Como não pensei nisso antes?

 Lyra pegou uma pedra do bolso e transformou em seu martelo.

 -Mwahahaha, essa parede vai desejar nunca ter me conhecido.

 Sheila começou a passar a mão pelas paredes. Estavam completamente presas. Mas então uma pedra do teto caiu.

 -Ué- disse Sheila- Bateu na parede, Lyra?
 -Não.- respondeu Lyra, posicionando o martelo.
 -Mas uma pedra caiu do teto.
 -Ah, é sua imaginação.

 Sheila olhou para o teto.

 -É- disse- Eu devo estar ficando meio...

 Um enorme monstro com uma cabeça espichada para trás, quatro olhos, braços com garras enormes e duas pernas fortes caiu do teto, abrindo um buraco e lançando alguns destroços no chão.

 -Paranóica?

 Sheila rolou para o lado enquanto o monstro investia contra ela. Lyra se virou e gritou:

 -De onde esse bicho surgiu?

 O monstro virou-se e percebeu Lyra.

 -Opa, não foi uma coisa inteligente a fazer.- arrependeu-se Lyra.

 O monstro rugiu e investiu contra Lyra, que criou uma parede de rochas, onde o monstro bateu com tudo.

 -Lyra, cuidado!!!- gritou Sheila, enquanto o monstro cortava a rocha com suas garras.

 Mais uma vez o monstro investiu, mas dessa vez Lyra partiu para a briga.

 -O bicho vai pegar. Hayyyyyyyyyyaaaaaaaaa!!!

 Lyra atacou com o martelo e o monstro tentou cortá-lo, mas sem sucesso. Ele rugiu e tentou acertar um soco em Lyra, que conseguiu formar uma pequena elevação no solo, o fazendo tropeçar e mostrar as garras. Lyra aproveitou e quebrou as unhas afiadas dele.
 Lyra já ia acertá-lo em cheio, mas as unhas começaram a crescer de novo, como mágica.

 -O quê?!- exclamou Lyra, mas o monstro atirou o martelo longe e derrubou-a no chão- Adeus, mundo.

 O monstro levantou as garras e preparou-se para dar o golpe final, mas uma pedra atingiu-o na cabeça. Ele se virou e Sheila cortou-o no meio com sua espada, desfazendo-o em energia roxa.

 -Ufa- disse Lyra, pegando o martelo e transformando-o em pedra- Obrigada.
 -Essa foi por muito pouco.-disse Sheila, guardando a espada na bainha.

 A energia roxa se transformou em esfera e teletransportou elas de novo.
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 Razor atirou uma pedra em Jack, acordando-o de repente.

 -Ai!- exclamou Jack, contemplando a praia escura ao redor.- Ei, na ultima vez que estive acordado a gente não ‘tava combatendo um dragão?
 -Aham.- afirmou Razor.- Nós fomos teletransportados e você bateu a cabeça numa pedra. Previsível, não?
 -Ah.- disse Jack, se levantando.

 Ele apontou para a água, por onde alguma coisa emergia.

 -Olha, Razor, uma baleia!- disse Jack, feliz.

 A coisa ficou visível. Um olho gigante.

 -Jack, eu acho que não é uma baleia...- disse Razor.- É UM CICLOPEEEEEEEEEE!
 -Aaaaaaaaaaaaah!!!- gritaram os dois, saindo correndo, enquanto um gigante de um olho só tentava agarrá-los com uma mão gigante.
 -Caraca, é gigante!!!- exclamou Jack, olhando para trás.
 -Sabe que eu nem percebi?- gritou Razor.
 -As vezes você me magoa com esses comentários, sabia?- choramingou Jack.

 Os dois se esconderam atrás de uma rocha. O Ciclope ficou procurando eles com seu único olho.

 -Cara, será que aqui tem um banheiro?- sussurrou Jack.
 -Como você pode pensar numa coisa dessas agora?- sussurrou Razor.
 -Eu não quero morrer de bexiga cheia!

 O Ciclope arrancou a pedra do chão, revelando os dois.

 -Surpresa?- disseram os dois, saindo correndo em seguida.

 O monstro deu tapa em Jack, que saiu voando e bateu na água. Razor bateu com sua espada no pé do monstro, sem efeito. O monstro o pegou e atirou-o na água, mas Jack, numa prancha de gelo, conseguiu salva-lo.

 -Uhul!
 -Jack, cuidado!- gritou Razor, se atirando da prancha, puxando Jack junto.

 O Ciclope pegou a prancha e a esmagou, jogando os pedaços afiados dela em direção a água.

 -Esses troços vão furar a gente que nem espeto!- choramingou Jack.
 -Então faz alguma coisa!
 -O quê?
 -Qualquer coisa!
 -Mas eu não sei fazer qualquer coisa!

 Razor balançou Jack.

 -Me diga, Jack M. Spaurow- disse Razor- Você é um cara que pode controlar a água, ou um rato?
 -Hum... Não tem outra opção?- perguntou Jack.
 -Vai logo!!!

 Jack levantou as mãos e os “espetos” se viraram em direção ao monstro, que gritou, atirando os projeteis para o lado.

 -Ah, cara, ele não se machuca!- disse Jack.
 -Na verdade...- disse Razor- Me atira para dentro da boca dele!
 -Mas assim você vai morrer!
 -Me atira logo!
 -Mas...
 -AGORA!!!

 Jack criou uma onda gigante que levou Razor até a boca do monstro, onde ele se atirou dentro. O Ciclope ficou imóvel e fez uma careta. Jack começou a roer as unhas.
 De repente, o gigante gritou e uma espada atravessou a barriga dele, cortando-o. Razor se atirou pelo furo, caindo com tudo na areia da praia, e começando a correr, enquanto o monstro ia desabando lentamente.
 O Ciclope caiu e Razor levantou a espada, vitorioso.

 -UHUL!- gritou Jack, da água- Isso foi muito legal!
 -Legal por que você não entrou no estomago de um Ciclope.- disse Razor, fazendo uma careta de nojo.

 O monstro se desfez em energia roxa e formou uma esfera.

 -Ah não!- disse Razor, saindo correndo enquanto um raio o perseguia.

 Os dois foram acertados pelos raios e teletransportados.
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Todos se encontraram em frente a uma ponte de madeira que atravessava um penhasco para outro. Ao redor, lava escorria por rochas. Um rio de lava passava por baixo da ponte, derretendo rochas e pedaços de madeira caída.
 Do outro lado da ponte se encontrava uma coluna rochosa, que ficava na frente de uma imensa bola de luz branca flutuante.

 -Ok- disse Rina- Eu não vim aqui para ser teletransportada por raios de luz roxa que perseguem as pessoas até os confins da Terra.
 -Hum, Rina...- disse Razor- Eu sinceramente acho que estamos nos confins da Terra.
 -Se estamos nos confins da Terra...- disse Zero- Aquele é o núcleo?

 Zero apontou para a bola de luz gigante.

 -Sim.- afirmou Razor- Eu acho.
 -Pensei que o núcleo fosse formado de ferro.- disse Zero- Pelo menos é o que os geólogos dizem.
 -É, mas como o Bloon diz... “Os geólogos são idiotas!”- imitou Razor.
 -Ok- disse Jack- Nós chegamos aqui pra ficar fazendo piadinhas sem graça ou derrotar Magnos e salvar a Terra de um apodrecimento total e explosões?
 -Haha, e eu que faço piadinhas sem graça.- resmungou Razor, chutando uma pedra.

 A pedra foi quicando e caiu na lava, causando um pequeno “PLOFT!” e afundando.

 -Vamos atravessar essa ponte, então.- disse Ray, dando o primeiro passo na ponte, que rangeu- Ahm, acho que vamos ter que passar beeeeem devagar.

 Todos começaram a atravessar a ponte, bem lentamente. Já estavam na metade quando ouviram um barulho estranho vindo da lava. De repente um jato de lava saltou de onde a pedra que Razor chutou tinha caído. O começo da ponte começou a derreter.

 -CORRAM!!!- gritou Vicky, e todos começaram a se empurrar e correr. Todos estavam chegando no final e a maioria pulou para a outra rocha.

 Vicky tropeçou e a ponte caiu. Todos ficaram olhando o rio de lava, onde a ponte se derretia, esperando um grito de dor.

 -Vickyyyyyyy!- gritou Ray, e se ajoelhou na beira da rocha.

 Uma mão se segurou na beira da rocha.

 -Presente.- disse Vicky, colocando a outra mão- Por que eu sempre tropeço nos momentos mais críticos?

 Todos começaram a puxar ela de volta.

 -Vai ver você tem aquela doença rara... Como é o nome mesmo?- disse Lyra.
 -Espeopétide.- deduziu Ray, estalando os dedos.
 -Essa mesma.- confirmou Lyra.
 -Ei, gente...- chamou Zero, que tinha ido examinar o núcleo de perto.

 Todos olharam para ele.

 -Tem uma espécie de porta aqui.

 Zero cutucou a bola e uma espécie de onda se formou, girando pelo núcleo.

 -É a entrada pra dentro- disse Razor- É só passar e estará por dentro.
 -Vamos entrar, então.- disse Zero, se preparando para atravessar o núcleo.
 -Ah, não. Eu já combati uma cobra-tartaruga-leão, um dragão cego super-furioso, fui teletransportado, entrei no estomago de um ciclope, fui teletransportado de novo e atravessei uma ponte correndo enquanto um rio de lava fervente passava por baixo de mim.- reclamou Razor- O Razor vai ficar sentadinho aqui, esperando vocês derrotarem nosso arqui-inimigo.
 -Ah, é mesmo?- perguntou Sheila.
 -Verdade. Ó, já to sentando.- disse Razor, sentando- Qualquer um que queira fazer companhia pra mim é bem-vindo.

 Zero e Rina seguraram Jack.

 -Só por precaução.- disseram os dois.

 Sheila levantou Razor pela orelha.

 -Ah, você vai ajudar a gente a derrotar Magnos, sim senhor.
 -Ah, é? E o que você vai fazer pra me convencer?- perguntou Razor, cruzando os braços.
 -Quem disse que eu preciso convencer você?- perguntou Sheila.

 Razor pensou um pouco.

 -Ah, droga.- disse Razor- Você não pode me beijar se não me alcançar!!!
 -Ei, eu ia pedir pra agarrarem você pelos braços e pernas e carregarem você pra dentro...- disse Sheila, pensando- Mas essa idéia é bem melhor.
 -Opa.- arrependeu-se Razor.

 Razor começou a correr, mas Ray e Vicky o agarraram pelos braços. Sheila beijou Razor e ele ficou mole.

 -Ei sabia que esse problema de gelatina ia ser útil algum dia.- disse Sheila.
 -Compra um biscoito pro Ted, Loriovaldo.- resmungou Razor.
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 Todos atravessaram o “portal” e se encontraram numa imensa câmara preta, também rochosa. No meio, acorrentado, um monstro magro, com corpo rochoso e veias de lava espalhadas pelo tronco, pernas e braços encontrava-se de cabeça baixa.

 -Ele é... Magnos?- sussurrou Zero.
 -Nos livros ele é assim... Mas parece mais fraco.- disse Sheila, tentando acordar Razor de seu estado “gelatina”- Oh, não foi uma idéia tão boa.
 -Ahm... Vai ser fácil derrotar ele.- afirmou Razor, acordado por tapas- Ai!

 Zero tirou um punho de espada do bolso e concentrou um pouco de ar para formar uma lamina acima da cruz, assim formando uma espada de ar.
 
 -Ok, acho que esse é o fim dos problemas em Legends Town.- disse Zero, triste- A vida vai ficar sem graça.
 -É.- disseram todos.

 Zero avançou até Magnos, que levantou a cabeça e olhou para Zero nos olhos e disse com uma voz fraca:

 -Fujam.

 Todos estremeceram. Um clarão roxo passou pela câmara. Na entrada da câmara, um monstro com aparência de lobo, uma cauda enorme e peluda, asas de morcego e dentes afiados olhava para Magnos profundamente.

 -Para que fugir, Magnos?- perguntou ele- Afinal, eles tiveram uma viagem difícil até aqui, como o garoto Razor ressaltou alguns momentos atrás, antes da garota Sheila lhe transformar em gelatina.

 Magnos não respondeu.

 -Como você sabe nossos nomes?- perguntou Razor.
 -Como eu não saberia o nome de dois dos famosos Meta Heroes?- respondeu o monstro- Nós, os monstros, sabemos de muita coisa.
 -Quem é você?- perguntou Ray.
 -Oh, perdão, não me apresentei...- desculpou-se o monstro, e olhou para Zero- Talvez seu amigo Zero possa responder sua pergunta.

 Todos olharam para Zero, que tremia.

 -Você matou meus pais.- disse Zero, furioso- Você é o submundano que matou meus pais.
 -Ah, é tão bom ser reconhecido por alguma coisa de vez em quando...- disse o monstro, sorrindo- Mas meu nome é Moltar.

 Zero saiu correndo em direção ao monstro. Rina o segurou pelo ombro.

 -Não, Zero!- disse ela.
 -Ele matou meus pais.- repetiu Zero, tentando desvencilhar-se.
 -Eu sei, mas ele pode matar você!- avisou Rina, alarmada.
 -EU NÃO ME IMPORTO!- gritou Zero- ELE MATOU MEUS PAIS! EU NÃO VOU DEIXAR ELE SE GABANDO NA MINHA FRENTE POR CAUSA DISSO! ELE É UM MONSTRO! NÃO ME IMPORTO DE MORRER, DESDE QUE ELE PAGUE PELO QUE FEZ!!!
 -Zero, pare!!!- implorou Rina- Você até pode não se importar, mas eu me importo por você! Todos nós nos importamos muito por você! Sabe como nós nos sentiríamos se você morre-se na nossa frente, sem fazermos nada?

 Zero parou, abaixou a cabeça e virou de costas para ficar o mais longe possível de Moltar.

 -É, ouso falar muito sobre essas coisas em histórias de ação e romance.- falou Moltar.

 Zero se virou e atirou a espada em direção a Moltar, que desviou. Jack, Ray e Razor seguraram Zero.

 -Isso foi uma grosseria, Zero- disse Moltar, retirando a espada da parede- Esperava mais de você.
 -Cale a boca!- exclamou Zero.
 -Bom, se é assim que você quer, eu não conto quem eu sou e como todos caíram no meu truque.- disse Moltar, virando-se para Magnos.
 -Espere!- pediu Zero, se arrependendo- Conte.

 Moltar sorriu.

 -Adoro bons ouvintes.- disse ele- Eu sou Moltar, como já disse. Sou um Super-Submundano. Mas aposto que Jack chamaria minha classe de Supermundano.

 Jack fez uma cara de “Ho-ho-ho, ele acertou.”.

 -Nasci milênios atrás aqui mesmo onde estamos, no núcleo da Terra. Mas não nasci como me vêem agora. Nasci como Magtar, o primeiro Supermundano. Ah, vocês sabem que todos escolhem um lado: Bem, ou Mal. Bom, adivinhem, eu escolhi o Mal. Mas, um só homem não é um exercito, por mais forte que seja. Usei meu poder para criar os Submundanos. Todo tipo de criatura.
 “Agora tinha um exercito. Dizimei toda criatura nativa do Submundo e dominei-o. Eu tinha milhões de quilômetros. Mas isso não me satisfez. Subi para a superfície, pronto para dominar tudo. Mas lá estava eu, conquistando uma pequena aldeia. Fui sozinho, e estava nevando.”
 “Na floresta encontrei um homem. Ele se assustou e me atacou. Vocês pensam: que humano tem chance contra um Supermundano como eu? Acontece que aquele homem era Herdox, o rei dos Herdoxos. Ele me derrotou com seus poderes, e me dividiu em dois. A parte boa, Magnos, e a parte má, eu. Havia perdido metade dos meus poderes. Agora tinha um irmão bom que havia metade dos meus poderes. Travei uma batalha com ele, e acabei vencendo. Tentei me reunir com ele. Mas não deu certo.”
 “Passei anos procurando um jeito de voltar ao meu poder colossal. Então, acabei descobrindo o maior segredo de Herdox. O poder de me juntar ao meu irmão estava com seus dois filhos: Solarus e Lunarus. Mas nunca consegui me aproximar dos dois. A cada geração o poder era repassado para o filho mais próximo. Mas nunca consegui passar pelas defesas dos clãs.”
 “Desisti dessa idéia. Descobri um feitiço de controlação avançada. Usei no meu irmão Magnos. Coloquei ele no comando, obedecendo minhas ordens. Usei meu tempo livre treinando. Mandei meu irmão usar os Submundanos para roubar nutrientes da Terra. Um dia, ele foi coletar mais nutrientes sozinho. Mas o fracote foi derrotado por seis adolescentes. Foi aprisionado no núcleo, sobre um feitiço em que não poderia escapar. E grande parte dos Submundanos foi extinta, deixando eu completamente sem chances.”
 “Mas, nesse ano, eu segui em uma viagem para observar o planeta e ver qualquer coisa que poderia me ajudar. Eis que descubro que o Poço Negro tem uma grande quantidade de poder. Absorvi boa parte do poder. Fiquei mais forte e doei um pouco de minha força para os Submundanos. Eles voltaram a ativa.”
 “Mas minha surpresa foi quando percebi que alguns Submundanos nunca voltavam de suas buscas. Descobri que seis jovens haviam sido escolhidos pelas Meta Feras. Mas somente cinco estavam na ativa derrotando meus monstros.”
 “Achei o outro, que estava se mudando para a cidade em que os outros moravam. Encurralei ele e sua família, sob o nome de Magnos, e o obriguei a trabalhar para mim. Usei o mesmo feitiço que usei contra Magnos e matei os pais dele, só por diversão.”

 Foi a vez de Ray se enfurecer. Jack teve que segurar ele também. Todos prestaram mais atenção em Moltar.

 “Botei ele como espião. Ray me contou sobre o plano de vocês. Revelou seus nomes. Me descreveu cada um. Contou as fraquezas de vocês. Assim que ele descobriu o lar de Zero, parti para ele. Matei seus pais, o deixando arrasado. Sua maior fraqueza, Zero, é que faz qualquer coisa para proteger quem você ama. Você tem sorte que sua amiga Rina te impediu de me atacar. Teria morrido para vingar a morte de seus pais.”
 “Depois disso, deixei Ray ir atrás de vocês todos. Ele quase conseguiu matar vocês. Zero e sua maior fraqueza salvaram Rina, que infelizmente conseguiu retirar a maldição. Mais um pouco e ele teria matado todos e levado as Meta Feras para mim. Pena.”
 “Outra surpresa! O herdeiro do clã Solarus estava na cidade e juntou-se a eles. Mas do que adiantaria ter só um poder, se preciso dos dois? Deixei para o lado. Mas então, eis que a herdeira do clã Lunarus também entra para a equipe. E não é coincidência que os dois viraram namorado e namorada?”
  “Então soube que iriam partir para o centro da Terra. Mandei um monstro mandar vocês oito para cá, sem o Axion. Então mandei o dragão Normos, que vocês derrotaram, como eu esperava, e vocês seguiram caminho por meio de teletransporte.
Depois de todos os desafios, chegaram aqui. Gostaram da história?”

 Moltar sorriu ironicamente e virou-se para Magnos.

 -Agora, se não se importam se eu pegar um pouco de seus poderes, Razor e Sheila?- perguntou ele, materializando uma espada e lançando um raio sobre Razor e Sheila.

 Os dois foram erguidos no ar, gritando de dor. Zero e Ray tentaram atacar Moltar, que simplesmente jogou os para o outro lado da câmara com um impulso da mão.
 Rina, Jack, Lyra e Vicky tentaram atacá-lo também, mas sem sucesso.

 -Assim que vocês cederem e entregarem seus poderes, talvez eu pare de torturá-los. O que acham da proposta?- perguntou Moltar.
 -N-Nunca!!!- gritou Razor.
 -Então vai ser da pior maneira, como vocês preferirem...
 -Pare com isso, Moltar, são só crianças!- disse Magnos, atrás de Moltar.

 Magnos pegou uma mão de Moltar e arremessou-o para o outro lado da câmara.

 -Mas... como?- perguntou ele.
 -Cortesia dos Meta Heroes.- simplificou Jack, em pé junto com os outros- Nisso que dá roubar as piadas dos outros!
 -IMPOSSIVEL!!!- gritou Moltar, atirando um raio em Magnos.

 Moltar voltou a lançar os raios em Razor e Sheila, que haviam caído. O raio de Razor ficou branco e o de Sheila preto.
   
  -Isso, finalmente!- triunfou Moltar, e duas esferas apareceram nas suas mãos.

 Magnos atirou um raio em Moltar, derrubando as esferas da mão dele. Jack pegou as esferas e jogou para Ray, que saiu correndo com elas enquanto Moltar o perseguia. Ray atirou as esferas para Lyra, que atirou para Vicky. Ela saiu correndo e tropeçou.

 -Maldita espeopétide!- lamentou Vicky.

 Vicky jogou as esferas para Rina, que fugiu de Moltar, mas acabou sendo pega por ele e levantada. Rina jogou as esferas para Zero.

 -Haha, xeque-mate.- disse Moltar, pousando e jogando Rina no chão.

 Zero parou.

 -Rina, você deveria ter prestado mais atenção na parte sobre a maior fraqueza do seu namorado.- alfinetou Moltar, apontando a palma da mão para ela e estendendo a outra para Zero- Entregue as esferas.

 Razorzingelo e Diazorzinho surgiram na frente de Zero.

 -Zero, entregue as esferas.- pediu Razorzingelo.
 -Eu odeio concordar com Razorzingelo, mas você precisa entregar as esferas.- concordou Diazorzinho.

 Os dois desapareceram em névoa e Zero colocou as esferas na mão de Moltar.

 -Desculpe, Magnos, desculpe, pessoal.- desculpou-se Zero.

 Moltar apertou as esferas e elas explodiram em luz, penetrando no corpo dele.

 -Adeus, irmão.- disse Moltar, atirando sua espada em Magnos, que desfez-se em energia roxa.

 A energia rodeou Moltar, penetrando pelo seu corpo. As suas asas se tornaram vermelhas como sangue e cresceram. Seu pelo encolheu, revelando uma pele rochosa, por onde passavam as veias de lava de Magnos. Suas mãos criaram unhas afiadas, igualmente a seus pés. Sua cauda criou um espinho na ponta.

 -Prazer em conhecê-los. Eu sou Magtar.- disse ele.

 Zero caiu de joelhos e Magtar o jogou para longe, fazendo-o desmaiar.

 -Talvez eu possa mostrar meu poder matando vocês.- disse Magtar, abrindo e fechando os punhos.

 Rina atirou uma rajada de luz nele.

 -Não vai, não!!!- gritou ela, atirando mais uma rajada.
 -Você não está em condições de defender qualquer um.- disse Magtar, abrindo a palma da mão.
 -Mas eu acho que eu estou, Magtar.- disse alguém conhecido, surgindo da entrada.
 -Bloon!- exclamaram todos.

 Bloon se atirou em direção a Magtar, pegando o de surpresa e jogando-o no chão.

 -Rápido, todos prendam o fôlego!- gritou Bloon.

 Todos desapareceram num feixe de luz.

 -Malditos sejam Meta Heroes!!!- gritou Magtar.
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 Zero acordou no seu quarto, na casa de John.

 -Ahm...?- resmungou ele.

 Levantou da cama. Estava com a mesma roupa que estava usando no núcleo, mas agora havia um corte profundo no lugar em que Magtar havia jogado ele. Foi para a sala e encontrou John tomando café.

 -Zero!- exclamou ele, cuspindo café no jornal.- Quando você acordou? Você está bem? Ah, e vai ficar me devendo um jornal, em?
 -É bom ver você também.- brincou Zero.
 -Brincadeira- disse ele- Bloon disse que você podia ficar um pouquinho em...

 Zero pegou seu Airboard e pulou pela janela.

 -Casa...- completou John, suspirando e tentando ler o jornal cheio de café.
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  Zero chegou na porta da casa de Bloon alguns minutos depois. Abriu a porta e encontrou todos conversando.

 -Oi, pessoal.- disse Zero.
 -Graças a deus- disse Razor- Você está bem.
 -Zero!- exclamou Rina, indo abraçar ele- Desculpa, foi toda minha culpa.
 -Não foi sua culpa- disse Zero- Foi minha culpa, eu entreguei as esferas para Moltar.
 -A culpa não foi de nenhum de vocês...- disse Sheila- Foi culpa minha e do Razor.

 Razor fez que sim com a cabeça.

 -Ela tem razão Foi nossa culpa...
 -Foi minha culpa.

 Todos olharam para Ray, que estava sentado numa cadeira.

 -Sua culpa...?- perguntou Zero- Não foi sua culpa! Por que seria sua culpa?!
 -Porque eu sou burro, cai num truque obvio e revelei o plano de vocês.- disse Ray.
 -Ray, você não é burro! Você é o mais inteligente de nós. Qualquer um protegeria os pais numa situação como a sua.- disse Vicky.

 Ray ficou quieto.

 -Gente, eu sei que é um grande revés para nós...- disse Lyra.
 -Revés?- perguntou Jack.
 -É, isso mesmo.- disse Lyra- Nós precisamos seguir em frente. E daí que nosso novo inimigo tem o dobro do poder do nosso inimigo que não era nosso inimigo. Isso quer dizer que acabou tudo? Não! Nós temos que continuar!
 -Lyra, tem razão.- disse Bloon- Não vamos derrotar nenhum Super-Submundano vai ser derrotado tomando café e discutindo.
 -É mais fácil um elefante voar.- afirmou Jack.

 Bloon começou a rir.

 -É engraçado porque é verdade.- explicou ele, entre risos.
 -Impossível.- disse Jack, empalidecendo- Fiz o Bloon rir.

 Todos riram da cara de Jack. Bloon continuou a rir.

 -A risada dele me dá medo.- cochichou Razor.
 -É muito do mal.- concordou Rina.
 -Vamos sair daqui, ele rindo dá mais medo do que o normal.- disse Ray.

 Todos saíram apressados pela porta, deixando Bloon rindo sozinho.
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 Nos confins da Terra, Magtar ria olhando por uma “janela de luz”.

 -Hahaha, é mais fácil elefantes voarem... Hahaha- riu ele.

 Magtar ficou sério.

 -Chega de bobeira, tenho um exercito para reunir...- disse ele.

 Magtar entrou em um túnel.

 -Hahaha, elefantes não voam, Jack... Hahahaha!

                FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA